Os Edificios destinados ao culto cristão





Os Edifícios destinados ao culto cristão


O problema

A gente passa pela rua, vê as igrejas, conhece as grandes basílicas e catedrais e fica imaginando como veio a mesma ideia de que elas tivessem  essa forma e não outra. Como surgiram os edifícios destinados ao culto no cristianismo?
 • A ecclesia • Período Constantino 
Domus ecclesiae: É muito provável que já houvessem edifícios destinados ao culto antes do século IV. Era o que se chamava "Titulus" = paróquias, eram constituídas numa domus titular. No início da Igreja, não havia edifícios destinados exclusivamente ao culto, utilizaram-se um ou vários cômodos da casa, emprestadas por fiéis piedosos e quase sempre aqueles que tinham um pouco mais de posse. A Santa Ceia, como podemos nos lembrar foi celebrada por Jesus numa casa emprestada(Mc. 14, 15). Em sua origem, a igreja é o conjunto de fiéis reunidos.

Inicialmente, não houve nenhum ambiente dedicado ao culto. Utilizavam-se um ou vários cômodos da casa dos mesmos fiéis. No século II o termo igreja passa já a designar alguns dos quartos da casa, destinados definitivamente para o culto, talvez com mobiliário próprio já definido. No século III já há edifícios de culto claramente construídos para isso, mas sabe-se que não havia um modelo próprio, anterior a Constantino, cada um dos que foram descobertos buscaram uma solução própria. Tanto que não se pode afirmar que foram encontrados sinais de culto em construções encontradas. Mas também não se pode negar. Eusébio conta que a perseguição de Diocleciano e Magêncio foram dirigidas contra edifícios e documentos(além das pessoas). 
O nome de basílica tomou, em tempos de Constantino, o significado que antes tinha o de Igreja – nome que continua sendo usado – e que compartilha com os domus e titulus (este último somente em Roma, ao definir a sala cedida para o culto). 

  • Antecedentes históricos:  Antes de empreender a descrição dos elementos da basílica, é preciso fazer uma referência a dois velhos problemas hoje abandonados: a orientação do edifício e a posição do sacerdote celebrante. Em algum momento pensou-se que os primeiros cristãos tinham essa preocupação no culto. Alguns dados literários, certamente abundantes fizeram pensar que o edifício basilical cristão dispunha seu eixo na direção leste-oeste, com a cabeceira para o oriente, segundo a simbologia do “sol que nasce – Cristo que ressuscita”, mas em uma recontagem dos dados arqueológicos conhecidos, pode-se afirmar que dos 31 monumentos mais importantes, 17 carecem absolutamente de orientação e dos 21 orientados, 17 olham ao oriente e 7 ao ocidente, fenômeno facilmente explicável, pois interessa conseguir a máxima iluminação nas primeiras horas da manhã e menor ao meio-dia, sendo irrelevante qual lado da nave receba luz. Este mesmo critério foi seguido nos templos pagãos de Grécia e Egito. Não é assim em Roma, pois dirigiam suas fachadas ao Foro. Os dados arqueológicos parecem que afirmam que o sacerdote celebrava a Santa Missa de costas para o povo.